segunda-feira, outubro 24, 2011

Dois em um.

E ela fecharia os olhos mais uma vez.
E sentir-se-ia mais uma vez
Seu corpo intocado em outros corpos
Corpos de amores mortos
De hoje e da semana passada
Amores ainda vivos por apenas um
Que não acredita no valor da “unidade dual”

Achava que só quando se punha em pensamentos
Com seus “musos” era onde vivia algo real
Algo sobre as coisas de Platão e reciprocidade
Algo que não existia além do fechar de seus olhos
Algo que ela mesma fazia existir
E necessitava da existência
Pois só e de olhos fechados, era mais que uma.

E era terrível imaginar, que só se sentia correspondida.
Era terrível imaginar que só correspondia
A se mesma quando fechava os olhos em tardes de frio
E que seu amor não era nada,
Nada além dela mesma,



afim de alimentar um ego que não amava
nem a nimguém, nem a si.

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